A patologia clínica pode ser compreendida como uma especialidade médica que conta com distintos profissionais da área da saúde. Por exemplo, biomédicos, químicos, farmacêuticos, bioquímicos, entre outros.
Por isso, a patologia clínica possui uma grande complexidade, principalmente por lidar diretamente com testes laboratoriais. Ao utilizar de alta tecnologia, é possível que esses médicos de áreas diversas entreguem resultados 100% assertivos.
Afinal, o que é a patologia clínica?
A patologia clínica é uma área especializada da medicina laboratorial que interpreta testes laboratoriais por meio técnicas químicas, físicas, físico-químicas, biológicas e morfológicas aplicadas nos pacientes.
Essa análise ocorre pela retirada de fluidos e demais materiais necessários dos pacientes, tendo como principal objetivo diagnosticar possíveis doenças ou confirmar algum diagnóstico. Além disso, a patologia também é utilizada para verificar a presença de fatores de riscos que podem prejudicar a saúde.
No Brasil, a patologia clínica é regulada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse mesmo conselho determina as diferenças entre a patologia cirúrgica (ou anatomia patológica), que nada mais é do que a análise dos tecidos sólidos do corpo humano, obtidos por meio da biópsia.
Quem é o profissional responsável pela patologia clínica?
Denominado como Patologista Clínico, esse profissional possui inúmeras responsabilidades. É de sua incumbência averiguar a qualidade de todos os dados produzidos, coletados e divulgados por um laboratório.
Ele também atua como perito na hora de interpretar os testes, fornecendo informações indispensáveis ao Clínico assistente do laboratório, o que facilita na hora de prescrever o melhor diagnóstico.
Como consequência, o Patologista possui amplo conhecimento nas áreas clínico-laboratoriais, que como, por exemplo, a microbiologia: ramo e especialidade da biologia que estuda os microrganismos (incluindo eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, fungos e vírus).
Durante sua formação, esse clínico realiza estágios e trabalhos na Residência de Patologia Clínica, perpassando pelos laboratórios de bioquímica, hematologia diagnóstica e banco de sangue, parasitologia, bacteriologia, micologia, imunologia e sorologia, endocrinologia, liquor e laboratórios de urgência.
O título de patologista clínico só pode ser emitido pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, entidade que congrega os profissionais da área de saúde que atuam em procedimentos clínico-laboratorial, fundada em 31 de maio de 1944.
Quais setores a especialidade incorpora?
A patologia clínica engloba diversos setores para um funcionamento pleno. Confira abaixo quais são eles e quais são as suas finalidades:
Microbiologia Clínica
A microbiologia clínica estuda os principais agentes microbianos causadores de doenças infectocontagiosas em humanos. Destacando-se os aspectos de diagnóstico clínico, laboratorial, patogênicos e epidemiológicos.
Dentro da microbiologia continuam agrupadas as seguintes categorias:
Bacteriologia: seu objeto de estudo são as bactérias, incluindo a identificação, caracterização e avaliação de susceptibilidade a antimicrobianos;
Micologia: estuda os fungos e micotoxinas; e
Virologia: se ocupa da análise dos vírus.
Hematopatologia
A hematopatologia é responsável por diagnosticar doenças hematológicas, como, por exemplo: anemias carenciais, hemolíticas e hemoglobinopatias, ou seja, relacionadas ao eritrócito.
Dentro da hematopatologia ainda aparece o ramo Hemato-Oncologia laboratorial, que estuda e diagnostica doenças como leucemia, linfoma, mieloma, síndromes mieloproliferativas e síndromes mielodisplásicas.
E também a Hemóstase, um conjunto de eventos mecânicos e bioquímicos pelo qual o organismo faz com que o sangue permaneça circulando nos vasos no estado líquido.
Imunopatologia
Imunopatologia é a ciência que estuda as lesões e doenças produzidas pela resposta imunitária. Podem ser agrupadas em quatro categorias de estudo: doenças por hipersensibilidade, doenças autoimunes, imunodeficiências e rejeição de transplantes.
A imunopatologia pode ser agrupada em quatro categorias de estudo, sendo elas:
Doenças por hipersensibilidade: sensibilidade excessiva que causa distúrbios inflamatórios na pele;
Doenças autoimunes: quando o sistema imunológico do corpo ataca células saudáveis;
Imunodeficiências: desordem do sistema imunológico caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva; e
rejeição de transplantes: quando o sistema imune do receptor ataca o órgão ou tecido transplantado.
Patologia Química
A patologia química é a especialidade responsável por apresentar parâmetros laboratoriais a respeito de distintas patologias. O seu laboratório atua nas áreas. Estudo do perfil lipídico e Dislipidemias, Estudo dos fatores de risco para doença coronária, estudo alergológico e mais recentemente, no estudo do Perfil anti-aging.
Patologia Molecular e Genética
A patologia molecular e genética utiliza de recentes tecnologias da biologia molecular para pesquisar possíveis tumores ou outras doenças que necessitam de terapias especializadas. Essa área está diretamente ligada à genómica e a farmacogenômica.
Entretanto, é por meio dessa patologia que os exames de diagnóstico pré-natal são realizados.
Uranálise
Assim, a partir dessa subespecialidade se realiza a análise da urina com fins de diagnóstico ou prognóstico de estados fisiológicos, ou patológicos. Sendo assim, esse é um dos métodos mais comuns de diagnóstico médico.
Biologia molecular
Essa biologia nada mais é do que a base molecular da atividade biológica entre biomoléculas nos vários sistemas de uma célula. Afinal, elas incluem as interações entre DNA, RNA, proteínas e sua biossíntese, bem como a regulação dessas interações.
Conclusão
Por fim, percebemos a importância da patologia clínica, não é mesmo? Por meio dessa especialidade e de uma tecnologia de ponta, ela se torna indispensável para qualquer área atuante da medicina. Os patologistas clínicos, por sua vez, conseguem executar um papel de extrema importância e responsabilidade, servindo como uma conexão entre a prática clínica e a ciência médica.
Por fim, restou alguma dúvida sobre o assunto? Deixe seu comentário abaixo.
Fonte: Diagnósticos do Brasil